terça-feira, 21 de maio de 2013

Resposta



Procuro no tempo resposta,
para o amanha que ainda não chegou.
Sinto meus pés fora do chão,
Pensamentos fora de orbita,
Sou passageira em uma nave desconhecida,
Voando dentro de outra dimensão
Me sinto diferente, estranha.
Vejo-me como um alien, só que sou azul e tenho pintinhas roxas.
Eu não pertenço aqui.
Às vezes peço o vento,
Um abraço lento e que nele me mostre pra onde devo ir.
Alguns mandam eu seguir em direção do sol.
Mas sou teimosa e sigo procurando pela lua,
Dona da noite fria e nua,
Que me acolhe nas sombras, envolvida nela sinto a solidão da estrela,
Que no escuro tenta se esconder,
Mas seu brilho é tão forte que toca na lua, 
Só para que possamos ver a luz, ao escurecer.
E percebemos que a lua e o sol, mesmo longe, estão tão perto,
E é tao certo entender,
Que ambos arrumaram um jeito de se conhecer.
Portanto escrevendo agora, me sinto na penumbra.
Sou estrela caída
Sem direção.
Sem brilho sem vida.
Ainda não sei a resposta e talvez leve um tempão 
Pra que alguém me diga ou eu descubra,
o que será capaz, de guiar, meu coração.
Por:Luna Colombini


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Livre



Assim como os pássaros nascemos todos com asas e voz.
Somos livres pra voar, livres para cantar.
Mas com o passar do tempo perdemos as penas e algumas escolhas erradas nos fazem perde-las mais cedo que o esperado.
Sendo assim assolados pela tristeza, perdemos também o nosso canto.
Quando percebemos já não os temos mais.
As asas depenadas nos impedem do voo, e sem o som da voz perdemos a comunicação e nos tornamos reclusos e prisioneiros de nós mesmos.
E assim uma vida se esvai.
Dentre tantas vidas no mundo, uma se perdeu.
Pra maioria nada muda, foi apenas um dia a mais e uma pessoa a menos dentre tantas que se vão diariamente e o mundo continua girando, a vida continua seguindo.
Mas pra quem ela foi importante ao olharmos a noite vemos uma estrela a menos no céu, um brilho que foi tirado de nós e embora ele  já estivesse se apagando lentamente, quando o vemos extinto, sentimos um vazio e uma dor que não conseguimos ignorar.
Vemos falar por ai que após a morte esquecemos as coisas ruins e lembramos apenas as coisas boas, santificamos este que se vai. Mas agora entendo que é porque independente de tudo que foi feito a positividade sempre sobressai, pois queremos lembrar apenas do que fez bem, dos momentos felizes, das piadas contadas, do sorriso deixado, as ironias e conversas, do abraço e do olhar aquele último olhar remanescente de vida...
E aqui deixo meu adeus, um adeus triste e cabisbaixo, um que eu preferia não ter de dar. Mas é preciso, Então peço ao tempo um tempo pra que nos cure e que ele não leve as memórias dos momentos dessa história. Pois você se foi, mas eu manterei suas lembranças e assim te manterei vivo dentro de mim e espero que agora você tenha retomado suas asas e seu canto e onde quer que esteja volte a brilhar e que enfim possa ser o que sempre quis.

Ser livre.
Esteja com Deus, pois sempre estará conosco, dentro dos nossos corações.

Para o querido Tio Sergio.


Por : Luna Colombini